O que fazer em Olhão

RIA FORMOSA


Zona húmida de importância internacional, a Ria Formosa é um labirinto de canais, ilhas, sapais e bancos de areia.

Esta diversidade de ecossistemas atrai uma fauna variada que inclui numerosas espécies de aves como a galinha-sultana, símbolo do Parque Natural. Se quiser admirar esta ave de plumagem vistosa e saber tudo sobre a área protegida, comece a sua visita pelo Centro de Educação Ambiental de Marim, que lhe indicará os trilhos pedestres mais apropriados e os observatórios onde se pode esconder para apreciar o dia-a-dia das várias espécies. O Parque organiza também passeios numa barca tradicional antigamente utilizada na pesca do atum.

Além da pesca, a extração de sal e a apanha de moluscos e bivalves são as atividades tradicionais das populações da Ria que, com sabedoria e arte, criaram deliciosas especialidades gastronómicas, como a sopa de peixe ou o arroz de lingueirão, que poderá saborear tranquilamente nos restaurantes à beira-mar.


ILHAS


Quem gosta de sol e mar, encontra nas ilhas da Ria Formosa verdadeiros paraísos. De oeste para leste, sucedem-se as Ilhas do Farol, da Culatra, da Armona e da Fuzeta, com extensos areais pouco frequentados.



PRAIA DA ILHA DO FAROL 


A Praia do Farol está situada na Ilha da Culatra, concelho de Faro e deve-se o seu nome ao facto de nela estar localizado o farol do Cabo de St.ª. Maria.

O acesso à Ilha do Farol faz-se apenas por barco. Existem ligações desde Olhão, durante todo o ano.

Durante este transporte, de aproximadamente 40 minutos, pode-se apreciar a beleza da Ria Formosa bem como a fauna diversificada que habita nesta área protegida.

Apesar da sua ocupação urbana e turística, esta praia conta com um extenso areal que, para nascente, se vai tornando gradualmente mais tranquilo.


PRAIA DA CULATRA


A Praia da Culatra situa-se na ilha com o mesmo nome. A Culatra preserva ainda as suas raízes do povoado de pescadores e tem uma população aproximada de 750 habitantes.

O acesso à Culatra faz-se apenas por barco. Existem ligações desde Olhão, durante todo o ano.

A Culatra é uma ilha de gente dedicada ao mar. Quando desembarcamos na Culatra percebemos que estamos num lugar de pescadores. A povoação encontra-se dotada de várias infraestruturas e serviços.

O acesso à Praia da Culatra é feito através de um passadiço de madeira recentemente construído segundo as normas do Parque Nacional da Ria Formosa. Nesta praia o areal é amplo e estende-se a perder de vista, tanto para poente como para nascente. 

Aqui pode-se observar a rica flora dos campos dunares e numerosas espécies de aves que convivem nestas paragens calmas, onde as águas são cálidas e tranquilas.

Após duas horas de caminhada para leste chega-se à Barra Grande, onde se podem apreciar as convidativas piscinas naturais arenosas e uma paisagem sempre em mutação.



ILHA DA ARMONA


A praia situa-se no extremo poente da Ilha da Armona, na proximidade da Barra do Lavajo, e mais uma vez atravessam-se os labirintos de areia e vasa da Ria Formosa para a alcançar. O povoado que aqui se estabeleceu é essencialmente de veraneio e é possível contar com apoios locais para realizar diversas atividades náuticas. A barreira arenosa é robusta e a frente de mar alcança-se após atravessar a povoação e as dunas, numa extensão de cerca de 1,5 km. A paisagem abre-se junto ao mar, o areal é a perder de vista e estende-se para nascente, proporcionando momentos de tranquilidade a quem gosta de fazer caminhadas. Os bancos de areia junto da barra delimitam deliciosas piscinas naturais. Também aqui se pode observar a flora rica e aromática dos campos dunares, bem como gozar os ventos mornos de leste e apreciar os tons invariavelmente fogosos do pôr do sol.



PRAIA DA ILHA DA FUZETA


A praia situa-se na extrema leste da Ilha da Armona, em frente à Fuseta, vila piscatória mas já em terra firme. Aqui a Ria Formosa estreia-se, o barco serpenteia pelos mesmos canais ladeados por bancos de vasa e de sapal, mas a viagem é mais curta. As tempestades de mar de 2010 alteraram significativamente a configuração desta língua de areia, tendo desaparecido o pequeno casario de veraneio que existiu outrora. O troço de areal entre a nova barra e o local onde se situou a barra antiga foi designado como Praia da Barra Nova, constituindo agora um areal deserto e intocado, com piscinas naturais muito convidativas na baixa-mar.



MERCADO DE OLHÃO


Os Mercados Municipais de Olhão, um dos ex-libris da cidade olhanense, começaram a ser construídos em 1912, sendo inaugurados quatro anos depois. Há quase um século que são um dos postais ilustrados de Olhão e local de visita obrigatória para turistas e residentes.


A sua construção consistiu na consolidação das edificações através de um processo conhecido por bate-estacas, ficando cada um dos edifícios apoiado em 88 estacas, ligados entre si através de arcos de alvenaria de tijolo. É um local a visitar, por estes e outros motivos.

Exemplo modelar da arquitetura do ferro e do vidro, o edifício, com enorme impacto urbanístico, em tijolo aparente e estrutura metálica, foi edificado para dotar a cidade de Olhão de uns mercados funcionais, o que veio a acontecer. Todos os dias, centenas de pessoas visitam os Mercados, em busca do melhor peixe, frutos e verduras.

De planta longitudinal, os Mercados são compostos por dois espaços retangulares de vértices arredondados, correspondendo ao Mercado das Verduras e ao Mercado do Peixe, sendo ambos delimitados por quatro torreões circulares envidraçados. Submetidos a obras de reabilitação nos finais do século XX, mantêm o aspecto exterior, reabrindo ao público em 1998. Uma das novidades mais recentes é o seu interior, forrado com azulejos pintados por Costa Pinheiro.



MUSEU MUNICIPAL DE OLHÃO


O Museu está instalado na antiga Casa do Compromisso Marítimo, um marco arquitectónico de grande importância para a cidade datado dos finais do século XVIII e inteiramente construído “(…) à custa dos mareantes da Nobre Casa do Corpo Santo deste lugar de Olhão”, com o intuito de albergar esta confraria criada para apoiar os homens do mar.

A confraria possuía, no piso térreo, uma botica (farmácia) e um açougue para serviço dos mareantes. No andar nobre localizava-se a Sala dos Despachos, que apresenta uma pintura no forro de madeira da cobertura onde se destaca o brasão das armas reais portuguesas.

Após extensas obras de requalificação do imóvel, foi inaugurado em 2001 o Museu da Cidade de Olhão, designação que conservou até 2014, altura em que tomou a designação de Museu Municipal de Olhão.

O Museu assume-se como pólo mediador da Cultura Olhanense, preservando, interpretando, promovendo e divulgando os testemunhos patrimoniais do concelho.

O acervo à sua guarda é extenso e diversificado, compreendendo coleções como: património marítimo, arqueologia, numismática, indústria conserveira, artes plásticas e decorativas, fotografia, metrologia, cinema, fainas Agro Marítimas, maquetes navais, armas, maçonaria e farmácia.



BAIRRO ANTIGO DE OLHÃO


Sítio de personalidade especial, autêntica e única. Lugar onde os ricos comerciantes da cidade outrora construíram suas casas no século XIX, ostentando balaustradas, bonitas varandas de ferro forjado. Percorridas com calçada portuguesa, vielas labirínticas repletas de pequenos cafés e comércio, com casas amontoadas como cubos, feitas com as típicas açoteias e miradouros que fazem parte da sua identidade. Perca-se nestas ruas cheias de histórias e que tantos poemas deram lugar.



VILLA E RUÍNAS ROMANAS DE MILREU


Opulenta villa do Império Romano que continuou ocupada durante a Antiguidade tardia e os primeiros tempos de domínio do Islão.

É ainda possível perceber o aspecto arquitectónico que a villa tinha nos inícios do século IV, com a luxuosa residência senhorial, termas, lagares de azeite e de vinho e instalações agrícolas, revelador do estilo de vida de uma família de elevado estatuto social e político. Integra este conjunto um templo de inícios do século IV, cristianizado no século VI e usado como cemitério no período islâmico até ao século X, que se mantém conservado até ao arranque das abóbadas e onde se destaca um conjunto de mosaicos do revestimento mural do pódio.

Nas ruínas fizeram-se importantes achados arqueológicos: mosaicos de temática predominantemente marinha, mármores e cerâmicas diversas, estuques pintados e esculturas que decoravam os interiores e os jardins.



PALÁCIO DE ESTOI


Apesar da sua construção remontar aos anos 40 do século XIX, o Palácio de Estoi foi concluído apenas em 1909, por José Francisco da Silva, o Visconde de Estoi.

O projeto de autoria do arquiteto Domingos da Silva Meira, é marcadamente eclético, misturando os estilos neoclássico e neo rococó.

Trata-se de um conjunto arquitectónico de grande beleza, no qual se destaca o palácio, com uma imponente fachada antecedida por uma escadaria dupla e o interior decorado com painéis de azulejos, vitrais e trabalhos em gesso.

Igualmente interessantes são os jardins de estilo francês, nos quais encontramos árvores de fruto, palmeiras, fontes e algumas esculturas.

Restaurado recentemente, o palácio funciona como pousada de charme.